26.12.13

ACORDAMOS


Acordamos com a franja da noite
a deixar entrever restos de sonhos.
Imagens incoerentes, tempos vivos
de mortos, absurdas torres, e a fala
mil vezes 
repetida, alucinada,
em demanda de abrigo, num limiar
de opala.


Na alegria e na tristeza, restos de sonhos
alimentam a poeira da casa, da estrada,
incandescente às vezes, branca, fria,
quando a noite volta e se derrama.

Licínia Quitério

5 comentários:

Mar Arável disse...

Tudo pelo melhor

com um beijo

M. disse...

Uma certa tristeza que sinto neste teu poema. Muito belo o modo de a dizer.

Graça Pires disse...

Os restos dos sonhos ainda são sonhos... Poema nostálgico, mas belo como sempre fazes.
Um beijo.

Manuel Veiga disse...

como um cristal plangente...

votos de Bom Ano

beijo fraternal

Joaquim do Carmo disse...

Feliz Ano Novo, Licínia! Abraço

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