Tão frágeis estes dias
de pé sobre despojos
de batalhas pensadas
no gume dos sentidos
Dormem as cores
no abrigo da boca
temerosas do vento
desejosas do lume
Horas fora da lei
do tempo dos insectos
Horas acrescentadas
ao tempo dos altares
É o tempo do vidro
O azul que escrevi no vidro diluiu-se. Não o posso repor aqui. Também a memória o recusou.
Licínia Quitério