25.7.18

O INFINITO


Tudo é possível para lá do vidro.
Um candelabro, muros em pedaços,
rostos, folhas verdes,
um ou outro animal.
Reflexos, dizes, encontros, digo.
A luz é isto,
a transparência, o real e o virtual,

a verdade e a mentira.

A luz permite,
o vidro esconde, o vidro mostra.
Para lá do vidro todo o mundo habita
a mesma dimensão.
O nosso olhar
com o real não se conforma
e busca para além do vidro
o reflexo, dizes,
eu digo a ilusão, o infinito.

Licínia Quitério

23.7.18

O POEMA


Um poema não nasce nas pontas dos dedos
Não cresce porque o Sol se levanta
Um poema não se esconde nos retratos
Não espreita na cortina da noite
Não bebe no soluço da fonte
Um poema anda por aí
Na escuridão na claridade
No antes no depois
É preciso saber o nome do poema
Antes do nome a voz
Antes da voz
O silêncio
A casa onde o poema nos espera

Licínia Quitério

10.7.18


6.7.18

LUZ


Resistir, mudar, sobreviver
Um sonho a vários tempos
A casa, o corpo
Enquanto luz houver

Licínia Quitério

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