13.12.20

DEZEMBRO

 



Dezembro, mês de folhas afogadas nas bermas onde agora ninguém passa. Mês das romãs do nosso calendário com seus bagos de sangue à espera da explosão.
Dezembro de velhas estrelas nas hastes das corças para que aconteça um estrépito na noite.
Mês de florestas violadas nos últimos incêndios onde o verde é uma lenda do setentrião.
Em Dezembro fala-se da morte para que tudo renasça.
É o tempo para uma gargalhada a assombrar os gestos da cidade. Licínia Quitério

1 comentário:

Graça Pires disse...

É tão inspirador tudo o que escreves, minha Amiga Licínia.
Continua a cuidar-te bem.
Uma boa semana.
Um beijo.

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