Quando as amoras trepavam pela sombra
ou o sol sobre elas
o verão era largo nos meus olhos.
Colhíamos o elixir dos bagos
no coração iluminado.
Era todo um mundo aberto à poesia
ao delírio da água na casa dos cântaros
e à vertigem das brisas
sobre as árvores do pátio.
Quando as amoras trepavam pela sombra
era mais doce a minha boca
e sem saberes já te beijava
quando a lua sorria como louca.
Licínia Quitério
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