Se me perguntas
de que águas
me alimento
digo-te do tempo
em que os rios
tranquilos rios
de penas brancas
amaciavam mágoas
nos ombros da verdura
nada mais te digo
que hoje todas as palavras
são águas de outros rios
cansados rios
de chumbo e desassossego
Licínia Quitério
13.6.08
CANSADOS RIOS
partilhado por Licínia Quitério às 4:25:00 da tarde
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16 comentários:
Bonito.
Eduardo Aleixo
Belo poema.
Deodato ouviu a e pensou para com os seus botões "mas porque raios tenho este trabalho de fazer perguntas parvas às pessoas? e apesar de tudo, a maioria nem me trata muito mal... mas dizem-me cada uma!... que dificilmente consigo ajustar nos espaços dos questionários que me passam para as mãos todas as manhãs."
Decidiu que se demitia de tal função. Mas primeiro iria passar uma bela parte do dia a olhar para o Tejo. A vê-lo cansar-se.
Beijinhos e sorrisos.
Belissimo!
Dos rios das nossas angústias de hoje. Ainda existirão rios tranquilos?
Tranquilos rios. Cansados rios. O júbilo e a mágoa nas palavvras que correm como um rio.
Um beijo Licínia.
Alimentar memória.
Fazê-la leve contra o chumbo hoje.
Bj
Muito belo e pungente, o teu poema.
Apetece ler e reler...
Mesmo nos rios cansados
as águas movem-se
teus versos, hoje, tratam d’um elemento que me é mui querido: água. fez-me um grande bem beber dessa água, dos teus versos. grato.
musical. como uma cascata de águas cristalinas. de tranquilos rios...
O que é esta história dos irlandeses?
Desculpe incomodar.
...e assim eles continuam em busca de qualquer mar de Esperança!
(apenas a palavra poeta lhes canta a mágoa)
abraços!
Tão lindo....
... tranquilos rios da minha inquietação...
Beijo
evocação nostálgica de rios, outros, tranquilos, sãos... belo poema.
Gostei muito.
Prontos!
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