Tenho um veleiro amarrado na varanda do olhar. Solto-o no odor salgado das tardes de verão e fico a vê-lo sorrir enquanto cavalga ondas meninas. Elegante e ágil esta nau de inventos, navegando à vista de todas as praias. Sabe de cor seu tempo de passeio, no verso e reverso da rota que traçou. Quando relembro a hora, ele regressa, revigorado, à sua amarração, seu cais, seu porto, seu país. Flor do Mar, meu veleiro, minha terra firme, minha única viagem.
Licínia Quitério
13 comentários:
Uma dádiva de beleza, o teu poema.
Senti-me balançar. De emoção. Perante a elegância da tua tapeçaria líquida.
Beijo
no peito meu, o mar. nas madrugadas insones, quando sonhos buscam um porto seguro, o mar se encrespa na Pedra do Sal (minh’outra praia, onde fica meu segundo farol). não há veleiro no meu mar: só uma canoa... pequena, frágil, Sulamita (digo minha, mas na verdade, de minha avó).
infinda, a tua viagem. parece-me.
Flor do Mar, teu veleiro, vez por outra, passa ao largo do meu mar. parece-me.
boa viagem, Amiga.
Um arrepio. De tanta beleza, de tanta doçura. Minha viagem única... belo!
Beijos
Memórias que me levaram distante...
Dizemos Mar. E das mãos em concha surge uma gaivota que nos mostra o rumo clandestino dos veleiros.
Belo o teu texto.
Um beijo.
O mar sempre evocador e facilitador de emoción...
Beijinhos desde Compostela.
:)
Lindíssimo, Licínia, lindíssimo!
Volto para dizer: subtil na amplitude de cada palavra e ideia.
Como gosto de me debruçar aqui. Na varanda do teu olhar. Belíssimo
um beijo
Também tenho um veleiro, Licínia. Mas jamais descreveria assim. Que terno.
Beijinhos
viagem encantada essa...
o veleiro e o porto... ora ali, ora aqui. ;)
que belo embarcar no teu olhar. tão bem descrito em tal viagem...
"flor de Mar". tão belo...
beijo
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