Neles viam os homens a grandeza dos dias.
Livros de luz para quem sabia ler,
nas encruzilhadas dos caminhos certos,
nas amplas clareiras dos enganos.
Quadrantes de numéricos segredos.
Gnomos paridos nas entranhas da terra,
condenados ao exílio nas alturas do sol.
Quisessem os relógios só medir o dia
e a noite dormiria num campo raso e largo,
favorável ao crescimento das asas,
ao germinar dos trigos, à desmesura do amor.
Licínia Quitério
15 comentários:
Um trabalho árduo
de sol a sol
com o amor das noites
cansadas
à sua espera
belo!
(ainda que este elogio seja escasso.....embora verdadeiro)!!!!
Medir o dia. Deixar descansar a noite "favorável ao crescimento das asas". E depois deixar voar os sonhos rentes ao sol.
Um beijo Licínia.
muito perto de onde moro ainda resiste um relógio de sol. a olhar de frente o marão.
é o relógio mais certo que conheço.
um beijo licínia.
"para quem sabia ler", aí está a chave.
Licínia algo pasa pq deixo comentarios nons teus post e non aparecen, levaos o vento...
Beijos amiga.
:)
"quisessem os relógios só medir o dia...". pois é - os relógios estão contaminados pelo Tempo...
(os relógios de pêndulo que o digam... rss)
belas as noites em campo raso. escutando o germinar do trigo e o canto das cigarras...
gostei muito.
beijos
E nós, que, afinal, não somos mais do que uma ínfima milésima de segundo deste universo...
Um poema muito belo!
***
Licínia,
como gnomos guardamos em nós o tempo vivido nesses relógios de sol.
Lindissimo este teu elogio.
Abraço-te
Deveriam, pois, só medir os dias. Ou as noites de fantasias à volta.
Desmesuradamente, só os dias do amor.
Lindo Licínia!
Muito bom e belo este seu poema!
Um beijinho.
Que bem se escreve por aqui!
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
Poderiam só contar para a contabilização do tempo, os dias claros, límpidos no (nosso) olhar. Tão bonito! **
Sim, quisessem...
um poema k abre dimensões ao olhar e ao sentir. Belo.
Bjs
Luz e paz.
Enviar um comentário