Clarisse a decifrar segredos na humidade dos álbuns. Pouco encontra que uma sombra avança inexorável sobre os recortes. Não se deixam espreitar. As memórias. Diluem-se num rio de prata salgada. Nada entende Clarisse. Revelados apenas os seus olhos. Repetindo-se serenos no doce caminho do impossível. A estrada de Clarisse.
Licínia Quitério
17 comentários:
muito bonito o «caminho de Clarisse».
A estrada, os olhos.
Olá
O olhar está lá.
Falta o sorriso
Noite Boa
J.A.
Se o olhar continua sereno, na estrada, é talvez porque uma ou outra memória, das mais doces, se deixa espreitar...
os olhos que por vezes ficam brilhantes ... de te ler
No palco do antigamente, Clarisse "fez de adulta" - ainda o rio não cegava os olhos. A estrada, ah...essa continua.
Bom que seja assim.
Bj Licínia
Se os olhos continuam serenos, talvez alguma memória a ilumine na estrada.
Ler-te é sempre uma revelação. **
Clarisse,
Isso é normal: "a sombra avançar inoxerável sobre os recortes" por mor das nuvens cinzentas invernosas que cobrem os céus por estes dias.
Os outros (dias)que foram ficando para trás, por vezes escondem-se de nós, da(s) nossa(s) memória(s) e não há albuns que nos valham. Apenas ilustrações do caminho.
Um destes dias vi uma foto minha de adolescente. A preto e branco, casaco e gravata, tirada na Fotografia Juvenal no Arco do Cego. Apenas um elemento visível na fotografia me situa mentalmente naquele tempo: o emblema do Sporting na lapela...
Beijos e sorrisos do
Clarindo.
se Clarisse
não existisse
era uma chatice
os segredos da humidade
são o degredo da humanidade
Clarisse: humildade!
num rio de prata salgada
Clarisse sobe-sobe, sobe a calçada!
Clarisse entende nada.
Olá Licínia,
altamente poético o percurso de [sua] Clarisse, como "num rio de prata salgada". Muito bonito, adorei!
Venho através do Ortografia do olhar, de nossa querida Graça Pires. E estou encantada com a sua literatura.
Forte abraço,
Hercília Fernandes (RN-Brasil).
As memórias pelo caminho do coração...
Um beijo Licínia.
bela estrada.
Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO
Sempre bonito, no teu tom...
Beijinho, e obrigada vizinha, regresso devagar...
"Fahrenheit 451"... Suponho que entendo a ligação. Muito interessante indeed...
diluem-se num rio de prata. as memórias. que Clarisse (re)inventa.
que seria das memórias sem a reinvenção delas?
texto muito belo. e sábio.
beijo
A serena beleza de Clarisse e a estrada dos olhos.
Muito belo.
Bj
Maria Mamede
Olhos na estrada.
E quando a noite cai, Clarisse, recorda a estrada que seus olhos realizaram...
Um beijo, Licinia.
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