Não se mede esta força de atar
folhas verdes a troncos velhos.
A força de amarrar os barcos
ou de pegar nos frágeis ovos.
De esmagar o veneno ou
de amparar o sopro da tarde.
De acarinhar a pele ou
de empurrar o corpo encosta acima.
Não se mede esta força.
Por agora não há como nem porquê.
Saberemos do ofício quando
o tempo vier de dizer fome
com as letras de pão,
com o peso das penas,
com as cores da madrugada.
Licínia Quitério
11 comentários:
Lindo!
Não se mede esta força no dizer, no bem dizer.
Um beijo
Muito lindo. Já é difícil arranjar palavras para adjectivar os seus poemas.
a força de gravar o Futuro em cada passo. e em cada verso. teu...
excelente.
beijo
(vou (re)colher este poema...)
absolutamente Belo .
A ti Poeta , mon coup de chapeau !
abraço
_______ JRMARTo
Na verdade
há forças que não se medem
Bjs
Esperemos que assim seja...
Belas as palavras, forte o teu sentir do mundo.
E assim será!
Maravilha. Muitos beijos.
É isso, a força mede-se nos momentos de dificuldade. Forte (e bela) é a maneira como o dizes!
Fiquei na beleza das palavras e nas cores da madrugada.
Não se mede esta força... das palavras que aqui nos deixas...
Bela fotografia!
Beijo
há forças que de verdade não se medem; e que só conhecemos quando as vemos ou as encontramos em nós mesmos.
um poema de grande intensidade.
beijos.
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