25.8.10
PEDI UM NOME
Pedi um nome, ou uma rua,
ou uma aldeia, ou um país,
ou um continente, ou um planeta
mesmo pequeno, do tamanho da lua.
Todos os nomes tinham sido dados,
a rua era só uma e tinha dono,
aldeias se as havia só desertas,
um país era coisa de pouco durar,
um continente, sem guerras nem vulcões,
difícil de encontrar.
Sem ser a lua qualquer planeta poderia ter.
Deram-me um mapa,
fui seguindo as manchas,
cor a cor vivendo.
Para tão vasto mundo eu só pedi um nome.
E não mo deram.
Licínia Quitério
partilhado por Licínia Quitério às 2:33:00 da tarde
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11 comentários:
Da beleza das imagens e das palavras. Grande poema!
Ofereço-te um nome: PAZ.
O meu abraço.
... e nos sentimos exilados. Como encontrar a nossa pátria?
não te deram porque mais do que um planeta, a Vida é em ti.
O teu nome é vida e este é o teu poema!
Um grande beijinho
Jorge
É mesmo difícil "dar" um nome a este mundo, de facto!
Beijinho
Não precisas de um nome.
Tens a Poesia dentro de ti.
Um beijo.
Nada, nada nos dão. Apenas os poetas continuam, teimosos, a oferecer-nos beleza e esperança.
Muito, muito interessante. Gosto muito.
Deram-te um pássaro
inquieto
à solta
nunca nos dão - temos de tomá-lo e fazê-lo nosso, tão a custo.
Bj da B
Insondáveis mundos
o das palavras sentidas
o mundo das tuas palavras está repleto beleza-
gostei muito.
beijos
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