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De uma asa posso falar no torpor da madrugada.
De uma asa onde mora o inteiro pássaro.
De uma asa onde mora o inteiro pássaro.
Adivinhar o canto é condão de meninos, por entre os frutos verdes do tempo moço.
Espero o vento cor de mel da manhã adulta, povoada de signos e augúrios, a soprar a poalha de amores nascidos no perfume do anoitecer.
Afirmo não saber o gosto das manhãs e sempre me confundir e dizer azul em vez de beijo, sanguíneo em vez de saliva, flor de zimbro em vez de baga, algodão e não canela ou camomila.
Tamanha é a minha esperança na asa, no pássaro novo, na espuma do dia claro, na força do vento morno.
Licínia Quitério
Espero o vento cor de mel da manhã adulta, povoada de signos e augúrios, a soprar a poalha de amores nascidos no perfume do anoitecer.
Afirmo não saber o gosto das manhãs e sempre me confundir e dizer azul em vez de beijo, sanguíneo em vez de saliva, flor de zimbro em vez de baga, algodão e não canela ou camomila.
Tamanha é a minha esperança na asa, no pássaro novo, na espuma do dia claro, na força do vento morno.
Licínia Quitério
9 comentários:
Li
sem palavras...
a foto lindissima...
um beij
Fortíssima Madrugada
que queremos volte a acontecer.
Beijo, Licínia.
Um seremos crianças
de novo
na madrugada
Bj
Todos esperamos a madrugada.
A beleza da espera dá sentido à vida.
Abraços.
Mais um fulgurante texto de esperança e força, que me é transmitida!
Beijo grande
Consigo o renascer parece sempre possível! Muita esperança e vida nas suas palavras... adorei! Bjs
fulgurante escrita. a tua.
belíssimo Poema. luminoso.
beijos
Lindo, Licínia! A tua linguagem imagética e duma beleza arrebatadora.
Impossível ficar indiferente perante uma "madrugada" como a tua. Por vezes humedecem-se-me os olhos, de genuína emoção. Hoje rolou uma lágrima.
Obrigada, Amiga.
Um azul que nos conforta.
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