O silêncio invadiu a manhã de domingo.
Ainda que não seja domingo, sabes?
O silêncio tornou-se um velho demente
à procura do calendário. O seu hálito
mata as abelhas que se atrevem a zumbir,
ainda que não seja domingo,
nem esta a estação das abelhas.
A mãe do silêncio tem um nome
que só se escreve com o pó
das botas dos tiranos. Este silêncio
pariu um ovo e o ovo pariu um bicho
e o trabalho do bicho é abocanhar
as manhãs de domingo
e não lhe importa que não seja domingo.
O que ele quer é calar o zumbido
de uma abelha que resiste
numa sala de luz,
além,
muito longe do território do silêncio.
Ainda que não seja domingo, sabes?
O silêncio tornou-se um velho demente
à procura do calendário. O seu hálito
mata as abelhas que se atrevem a zumbir,
ainda que não seja domingo,
nem esta a estação das abelhas.
A mãe do silêncio tem um nome
que só se escreve com o pó
das botas dos tiranos. Este silêncio
pariu um ovo e o ovo pariu um bicho
e o trabalho do bicho é abocanhar
as manhãs de domingo
e não lhe importa que não seja domingo.
O que ele quer é calar o zumbido
de uma abelha que resiste
numa sala de luz,
além,
muito longe do território do silêncio.
Licínia Quitério
2 comentários:
Mergulhar de cabeça, como as abelhas numa flor...
Tão lindo!
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