No fio dos dias há gargalhadas
das aves de arribação
que vão
que voltam
que vão.
A minha cabeça roda
a procurar montanhas.
Uma pena debaixo da almofada.
Uma pena no negro do café.
E eu perdida no veludo da noite.
Os anjos cantam
riem.
E eu perdida entre o sorriso e o soluço.
E eu a despertar
a adormecer.
O fio dos dias a compor o signo do infinito
igual a sempre
igual a nunca.
E eu perdida
desigual.
Licínia Quitério
2 comentários:
E eu perdida neste teu poema, tão belo...
Um beijo, minha amiga.
Uma boa semana.
E a nossa amizade nunca se perde. Bom ano para ti e para os teus.
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