Chamam-se nomes, verbos, conjunções, conjugações
Aparecem em revoadas de qualquer estação
Erguem-se alucinadas das montanhas do sonho à linha de água
Tombam mansas das cascatas da memória sobre a poeira do chão
Espreitam atrevidas nas frestas do desejo
Acometem as veredas da voz e dão negrume ao soluço, rubor ao grito, alvura ao amor
Atropelam-se em delírio de sílabas, demoram-se em monossílabos numa quase mudez
Divertem-se em jogos de dar e receber, de trocar, de baralhar, letra por letra, de provocar, de comover, de endoidecer
A elas ofereci meu esforço e minha força
Com elas construí minha cidade velha
Por elas correm todos os meus rios
Palavras são tudo o que aprendi
Com elas danço e toco e me divirto
Por elas chegarei à casa grande do silêncio
Aparecem em revoadas de qualquer estação
Erguem-se alucinadas das montanhas do sonho à linha de água
Tombam mansas das cascatas da memória sobre a poeira do chão
Espreitam atrevidas nas frestas do desejo
Acometem as veredas da voz e dão negrume ao soluço, rubor ao grito, alvura ao amor
Atropelam-se em delírio de sílabas, demoram-se em monossílabos numa quase mudez
Divertem-se em jogos de dar e receber, de trocar, de baralhar, letra por letra, de provocar, de comover, de endoidecer
A elas ofereci meu esforço e minha força
Com elas construí minha cidade velha
Por elas correm todos os meus rios
Palavras são tudo o que aprendi
Com elas danço e toco e me divirto
Por elas chegarei à casa grande do silêncio
Licínia Quitério
3 comentários:
Adorei👏👏
Tão cúmplices, as palavras...
Uma boa semana, minha Amiga.
Um beijo.
Lá estarei
Bj
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