27.9.19

POENTE


Mar e céu entendem-se, confundem-se,
incendeiam-se.
Há um barco parado ou a sombra dele.
Em contra-luz, em frente à luz, a casa espera.
Doem-lhe as traves nos gritos das gaivotas.
De oiro e de sangue as palavras perdidas
nos cais de anoitecer.
Salgados os olhos das mulheres.
Escurece.

Licínia Quitério

1 comentário:

Era uma vez um Girassol disse...

Sempre linda e inspirada a tua escrita...Beijinho da flor

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