Muitas vezes crianças somos todos.
Meninos cor-de-rosa a tatear,Caindo dos adultos nos engodos,
Quebrando-lhes as fúrias a palrar.
Traquinas, transgredindo por prazer,
Tiranos, construindo a própria lei,
Brinquedos num segundo a desfazer,
Altivos, afirmando: eu é que sei.
Menino tal e qual te descobri,
Batendo o pé no chão, berrando à toa.
No mesmo instante foi que decidi
Usar o véu de amor que envolve e coa
O denso caldo de alma imerso em ti
E fazer triunfar a seiva boa.
Licínia Quitério
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