22.1.25

O AZUL

 É uma casa muito antiga

de pessoas muito antigas

que à janela se mostravam

com os pequenos ao colo

a acenar à senhora

que dizia olá menino

e tudo continuava

rua acima rua abaixo

e o azul da casa lá estava

dias e anos passavam

e o pequeno que cresceu

à janela se mostrava

mas já ninguém acenava

à senhora que passava

e a senhora pensava

como o menino cresceu

nem um sorriso me deu

vida acima vida abaixo

o azul continuava


 Licínia Quitério

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