14.7.19
7.7.19
O BARCO
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O FORTE
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26.4.19
DE AMORE
o vício de te querer.
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31.3.19
QUE SEJA
Preciso de um assombro, de algo que apazigue a intermitência das sombras, que desalinhe as paralelas infinitas, que transtorne a monotonia dos calendários, que arrase e desfaça e refaça e recrie, sem explicação, sem teorema, sem axioma, que não responda nem pergunte, que não brilhe nem se apague, que seja a ponta da espada e a bainha e a força do punho e não fira nem salve, não inunde nem seque, que tenha a voz e a mudez que nos nasce e nos mata. Que seja.
Licínia Quitério
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19.3.19
O TEMPORAL
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6.3.19
RUAS
![]() |
Ruas que cheiram a sal, a barcos.
Ruas de homens e mulheres de muitas fainas,
de muitas falas, cantadas, onduladas
de marés várias.
Em todo o mundo há ruas assim,
com o mar ao fundo, a espreitar,
a acenar, vem comigo marear.
As ruas sorriem e coram,
mas não vão.
Ficam em terra a acoitar
as mulheres, os homens, a escutar
suas histórias de pasmar.
Licínia Quitério
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12.2.19
SIM
Os livros, sim.
A escola, sim.
E a pele, e o ouvido, e o cheiro, e o olhar, e o paladar, sim, sim.
Olhar quem passa, ouvir o amigo e o inimigo, cheirar o pão, o ferro, o suor, o vinho, a maresia, sentir o frio, o calor, a macieza da pele, do pelo, sentir o corte, o empurrão, a dor, o aperto, o abraço, saber o amargo até ao fel, o doce até ao mel.
Se o tempo chegar, estudar a filosofia dos gatos, das magnólias, do xisto, dos velhos sábios, dos velhos ignorantes, da lua nova e da orion.
Depois dormir, com um livro inacabado sobre peito.
Licínia Quitério
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31.1.19
SÍTIOS
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1.1.19
2019
Mais um ano
tantos anos
os que passaram por mim
a apontarem o caminho
que eu nem sempre segui
mas nunca me arrependi
que o caminho somos nós
nossos o corpo e a vontade
nosso é tudo o que colhemos
seja bondade ou maldade
as dores e os amores cruzando
com as canções que cantamos
com os versos que escrevemos
com os amigos que alcançamos
com os amigos que perdemos
muitos anos
deste mundo em desvario
de gente à míngua de pão
de velho a morrer de frio
de fogo no arvoredo
de gente de arma na mão
de gente à beira do medo
sem que eu os possa contar
Meu caminho foi somar
por vezes diminuir
e outras multiplicar
para poder dividir
sabendo que o resultado
desta vida desta escrita
depois de bem apurado
é uma dízima infinita
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31.12.18
SE EU FOSSE
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22.12.18
PAZ
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11.12.18
UMA ROSA
Uma rosa é uma rosa
A rosa nasce onde a dor se apresenta se afinca a morder a roer a rasgar o tecido a amarelar o sangue a corromper o nervo
No coração da ferida
nasce a rosa É um sorriso no matagal uma maçã no escombro Nasce de noite sobre a erva má Quando amanhece e o corpo aquece a rosa cresce a rosa dança ao derredor da chaga e a perfuma e a enlaça e o corpo esquece a fundura do poço o tremor o fervor da pele até ao osso
Ora sim ora não
o corpo avança Rosa rosae é uma declinação é uma oração a desviar a lança
Licínia Quitério
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6.12.18
AS ESPERAS
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30.11.18
A AUSÊNCIA
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21.11.18
UM PAÍS
Há um país onde tudo arde
menos a boca das mulheres
onde a água se demora
e os olhos dos homens
onde a água escorre
É um país onde tudo seca
e treme
e desmorona
Só a água se demora na boca das mulheres
à espera de ser leite
e ser criança
Só dos olhos dos homens escorre a água
que vai ser lago
e afogar a cinza
Há um país à beira do abismo
Há uma mulher a contar as ovelhas
Há um homem a juntar as sementes
Nenhum deles quer saber o nome do país
Licínia Quitério
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6.11.18
OS PEIXES
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