Na íris de outros olhos foi azul,
vermelho
e oiro vivo.
Na íris dos seus olhos foi a prata,
o verde
e a voz indefinível das marés.
No matiz da paixão
não se atreveu o branco.
No inverno foi a sépia
a devassa dos troncos,
do lajedo.
Depois da cor
há-de vir uma sombra.
Um soluço, um vibrato,
uma vertigem,
uma sombra, uma sombra...
Licínia Quitério
Música: Ainda a Callas
24.9.08
UMA SOMBRA
partilhado por Licínia Quitério às 11:46:00 da tarde
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22 comentários:
Gostei deste seu esbelto e bem escrito poema.
Cumprimentos
"O que fica?" "Uma sombra, uma sombra..."
Muito belo, e tão intenso!
“Depois da cor
há-de vir uma sombra.
Um soluço, um vibrato,
uma vertigem,
uma sombra, uma sombra”
... sob uma árvore
mãe de muitas outras
a inventar tons e sobre-tons
na folhagem generosa: abrigo da passarada.
há-de se embalar
e embalar o mundo
com a música do vento
que canta nas quatro estações
... e num sítio ternurento: O Sítio do Poema!
Como quem usa as sombras para encontrar a luz...
Um beijo Licínia. Gostei imenso do poema.
Depois da sombra outra cor...
Esse final é absolutamente perfeito. E tão verdadeiro!
Um poema de palavras e sentimentos. Belíssimo.
Ai grande poeta! Isto por aqui está cada vez melhor. Regressei para ficar uns tempos. Ainda não tive tempo para ver as tuas prosas que admiro incondicionalmente.
Beijinho
Gustoume este poema, gustoume ben!!!.
Buscarei a música...
Beijinhossss Licínia.
:)
a sombra assegura-nos de que existe luz...
gostei muito.
um beijinho.
Muito belo.
pela manhã acompanha-me hoje a Norma. Sexta voltei lá para ver a tiara, as fotografrias com mais atenção .
gostei das tuas sombras ... que mais são do que sinal que há luz
A sombra que o só a luz faz...
Belíssimo poema.
luminosas sombras. quando assim tão prenhes de sentido. e sensações...
muito belo.
beijos
Consigo ouvi-la, no teu poema.Nem sei se mereço tanto.
Depois da cor novas cores
mesmo que sejam
a preto e branco
No matiz da paixão
não se atreveu o branco.
............
Sombra
Soluço
Vibrato
Vertigem
Que loucura!Que loucura, Licínia!
da sombra... as cores. gostei do poema.
belo rosto continuo a descobrir nas palavras tuas ...
"Na íris de outros olhos..."
Na tua escrita encontro cor, luz e até sombra.
Bem hajas, querida Licínia, por muita coisa, seguramente, mas pela tua sensibilidade, "engenho e arte", acima de tudo!
Beijo-te com ternura, amiga.
Adoro a Callas, Licínia! E que belo poema para acompanhar aquela voz soberba...
Que lindo!
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