A corrida do fio da fonte, a brilhar, a devolver as cores do céu, das árvores, dos montes, como se dissesse arco-íris, silêncio murmurante.
O assobio do canavial, flauta de vento a ameaçar invernos no
avesso das primaveras.
O soluçar dos campos pela ausência dos que partiram em direcção a um novo verão.
Os bocejos dos homens, sentados nos bancos do outono, a
contarem as folhas caídas, os dias amortecidos.
Andanças, porque de danças se faz o nosso andar, de mundo em
mundo, o que pisamos e o outro que sonhámos e, de tanto sonhar, nos fatigámos.
Licínia Quitério
Sem comentários:
Enviar um comentário