Não há regresso.
Escusas de dizer eu já fui assim e assim hei-de regressar.
Confortas-te a pensar no sorriso que foste,
no olhar sempre aberto,
pricipalmente nas mãos de luar.
Dizes, tudo volta a ser o que já foi.
É só esperar o vento suão.
Não te iludas, eu aprendi há pouco,
disse-te, não há regresso.
Quando tudo parece caminhar em frente
até fechar o círculo,
eis a rocha que estala,
o sopro que arremessa
e tudo fica igual a nada
apenas porque o tudo e o nada se contêm.
Só há regressos simulados.
Aprendi há pouco, eu avisei-te.
Licínia Quitério
1 comentário:
Os regressos acontecem dentro de nós quando o coração os acha legítimos...
Escreves sempre tão bem, minha Amiga Licínia.
Adorei o teu romance "Mala de porão". Não o larguei enquanto não acabei, tal foi o entusiasmo com que o li. Tens uma narrativa muito atraente que nos leva atrás dos personagens. Gosto do teu estilo inconfundível.
Cuida-te bem.
Uma boa semana.
Um beijo.
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