5.10.21

CLARO-ESCURO


 De luz e sombra cobrem-se  os dias dos homens.

Porque não têm memória de outras estrelas

afincam-se a guardar a luz do sol

nos olhos, nas mãos, no coração.

Na noite escura, quando o frio e o medo

assomam ao rés do corpo,

dizem baixinho,

meu amor minha luz,

e acende-se um raio de futuro.

No dia claro, alimentam-se de lembrança

de outras luzes

e dizem a meia voz,

meu amor meu natal.

Assim sempre, a vida clara, a vida escura.


Licínia Quitério

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