Vai passar vai passar a tempestade
Escuta o discurso do vento
Recolhe a folha seca
Com um recado inscrito
Podes não ter aprendido
A linguagem das nervuras
Mas elas conhecem
O desenho da tua mão
A voz do vento dir-te-á
Um nome que esqueceste
Numa conversa de outro tempo
A chuva canta no parapeito
Um cânone doutras paragens
A tempestade vem e vai e voltará
Tu continuarás sem entender
A impermanência dos dias da bonança
Licínia Quitério

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