Corroídas, encurvadas as traves.
O pó do ferro é o que sobrou das guerras.
Estilhaços de rocha onde murcharam flores.
Um choro leve nas madeiras.
Impávidas assistem à trajectória das estrelas.
Por cada lua nova uma minúscula fresta no telhado.
Visitas raras sempre partem antes que o frio as anoiteça.
Vozes antigas ecoam no secreto desvão.
Já os cavalos galopam em redor das casas.
Licínia Quitério
12 comentários:
Do desvão da memória das casas e de outras.
Vão de escada engalanado...
Um choro leve nas madeiras. A memória das mágoas e do júbilo. Em redior das casas...
Um beijo Licínia.
O destino das velhas cousas. Há sempre alguém que as abandona antes que o frio da noite chegue.
Casa sem gente dentro. Quantas!
Gente sem casa à volta: acho que não prevíamos assim, o estertor do ferro e da tábua!
Bj
Uma pena que as casas não tenham voz!
Que histórias espantosas teriam para contar...
De vez em quando ainda me vou sentar nos degraus atapetados a vermelho da escada grande da casa dos meus avós, que infelizmente já só existe na minha memória, onde nós irmãos e primos nos sentávamos a contar os nossos segredos e a observar os crescidos nas noites da Passagem de Ano.
Um beijinho.
As velhas casas têm alma. Talvez a das pessoas que as habitaram. Não acontece o mesmo connosco? **
.querida______Licínia
FESTAS FELIZES:)_______MUITA
.PAZ_____para o mundo
.SAÚDE______para todos nós
.MUITO AMOR_____no coração de cada "homem"
.UM GRANDE SORRISO_____no rosto de cada criança
.UM OLHAR PARA CADA IDOSO____e ver uma fonte de sabedoria_______...
._________e que se diga_____
"FESTAS FELIZES" TODOS OS DIAS:))
beijO______ternO
com amizade
(em relação à transferencia do pagamento do livro____tudo bem?)
Há casas desabitadas cheias de gente...
...como a casa onde nasci...
as casas como as árvores morrem de pé. apesar do tropel dos cavalos em redor...
belíssimo.
beijos
Cansadas as casas, sim, e os corpos que as habitam. Já nem ouvem o galope dos cavalos, lá fora.
(e uma núvem de melancolia evola-se da tua poesia, mesmo assim cristalina)
"[...]Já os cavalos galopam em redor das casas."
Arrepia, de tão belo!...
Beijos, amiga.
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