Em tempo de
sequeiro não há chuva
que alimente as fontes.
que alimente as fontes.
Tão funda a
sede
que nunca a areia se faz lama.
que nunca a areia se faz lama.
Não há dor,
não há distância
que os olhos humedeça.
que os olhos humedeça.
Somos casca
de árvore
que lume algum afronta.
que lume algum afronta.
Ouvem-se ao
longe ladainhas
de palavras roucas.
de palavras roucas.
Nossas bocas
inúteis e o pássaro
tombado no portal.
tombado no portal.
Nem toda a
fome mata.
Toda a
guerra seca.
Licínia Quitério
Licínia Quitério
1 comentário:
Um poema que faz pensar...
Beijos, minha amiga.
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