De gritos, de suspiros, de músicas,
de danças, de pinturas,
de tudo e nada se nutrem
as palavras.
Pedem abrigo no nosso ouvido interno.
Se as acolhemos, deslizam pela garganta,
procuram lá no fundo o coração.
São bandeiras de lume e o peito arde.
Desistem ou vão até ao lar da boca.
Retomam o fio da viagem.
Tornam-se passo de baile, corda de guitarra.
Quando se soltam, são o gume ou a carícia,
a paz ou a batalha.
Às vezes são a morte, às vezes liberdade.
Se a sorte as acolher, serão a carne do poema.
Licínia Quitério
2 comentários:
E tu, Licínia, tens um pacto com elas...
Um grande beijo, amiga.
As tuas respiram por guelras
Bj
Enviar um comentário