23.7.18

O POEMA


Um poema não nasce nas pontas dos dedos
Não cresce porque o Sol se levanta
Um poema não se esconde nos retratos
Não espreita na cortina da noite
Não bebe no soluço da fonte
Um poema anda por aí
Na escuridão na claridade
No antes no depois
É preciso saber o nome do poema
Antes do nome a voz
Antes da voz
O silêncio
A casa onde o poema nos espera

Licínia Quitério

1 comentário:

Graça Pires disse...

O silêncio. Sempre o silêncio…
Um beijo, minha Amiga.

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