Dizemos que
horror
que pena me
dão
navegantes de barcos velhos
caminhantes
de sandálias gastas
míseros de
pão minguado
descrentes de
milagres
comprados
com as dores
dos finais
infelizes
Fica pequeno
o nosso coração
mas a nossa
casa continua grande
a nossa pele
ao abrigo das feras
Se tocarem à
nossa porta
que perguntas
lhes faremos
em que
língua nos darão respostas
Deixaremos à
solta os cães do medo
ou por
sinais diremos
meu menino
teu menino
água fresca mesa
posta
Licínia Quitério
2 comentários:
Pois é, Licínia. O que faríamos se nos batessem à porta?
Uma boa semana, minha Amiga.
Um beijo.
Portas abertas janelas escancaradae
Bj
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