Podia dizer-te a luz da tarde acesa na janela,
ou a alegria envergonhada das ramadas,
ou as vozes dos amigos esboçando um fado,
ou a nostalgia das bandeiras reclamando pátrias,
ou ainda as casas, sim, as sábias, astutas casas
debruadas de amores e perdições.
Podia até pintar uma aguarela, ou escrever um poema,
ou modelar um rosto, ou compor um adágio,
ou soltar um grito, ou correr, ou saltar,
ou abraçar-te, ou lançar um papagaio de papel
e depois dizer-te: Vês, eu não sei nada. Ou então:
Que queres de mim? Ou (por que não?): Amo-te.
Não podia mudar o coração da terra
nem a esperança fechada nas mãos dos homens
quando sofrem.
ou a alegria envergonhada das ramadas,
ou as vozes dos amigos esboçando um fado,
ou a nostalgia das bandeiras reclamando pátrias,
ou ainda as casas, sim, as sábias, astutas casas
debruadas de amores e perdições.
Podia até pintar uma aguarela, ou escrever um poema,
ou modelar um rosto, ou compor um adágio,
ou soltar um grito, ou correr, ou saltar,
ou abraçar-te, ou lançar um papagaio de papel
e depois dizer-te: Vês, eu não sei nada. Ou então:
Que queres de mim? Ou (por que não?): Amo-te.
Não podia mudar o coração da terra
nem a esperança fechada nas mãos dos homens
quando sofrem.
Licínia Quitério, 2010
1 comentário:
Quando asfixiamos um pássaro nas mãos
desenhamos no chão a dor que sentimos
Bj
Enviar um comentário