1.2.20

UM ILHÉU


Posso 

amar um rochedo, um ilhéu,
na contraluz do sol nascente,
na afirmação do dia,
na lâmpada do sol poente.
Posso 

amar um rochedo, um ilhéu,
possui-lo de longe, amante incerto,
respiro do oceano.
Posso 

amar uma árvore, uma voz,
uma varanda sobre a serra.

Posso
amar a 
presença e a ausência,
o eterno e o instante.
Posso
amar.


Licínia Quitério

2 comentários:

Graça Pires disse...

Podes e amas tudo o que o teu olhar acolhe…
Um beijo, Licínia.

Mar Arável disse...

... e assim se constroi um belo poema

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