3.5.20

O COLO

É no colo das mães
que tangem os sinos
do princípio dos dias.
É o cheiro das flores
do tecido das mães
que alaga a pele
e se faz céu e lago.
Pelo meio da história,
o sabor do leite,
a dor do coágulo,
a tormenta do linho.
Depois, a insipidez do soro,
a mudez dos sinos,
a ausência do cheiro das flores.
Recuperado o colo.
Licínia Quitério

3 comentários:

Graça Pires disse...

Magnífico!
Muita saúde, Licínia.
Beijos.

Era uma vez um Girassol disse...

Olá Licínia, que lindo poema homenageando a Mãe... Parabéns por ter sido escolhida para o prémio!
Beijinho da flor

Sônia Maria Conte disse...

Maravilhosos poemas!

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