24.7.22

DA IGNORÂNCIA

como explicar o choro no restolho

se os humanos já ali não vivem


e o silvo a cortar os ares

a fazer-se lume e a estilhaçar a sorte

dos audazes

quem lhe deu a mão lhe segredou

o nome da distância


de perguntas andam grávidos os dias

pesados os dias

vamos pisando as respostas

há muito afundadas no chão das guerras


senhora da ignorância afasta-te de nós


Licínia Qiuitério

1 comentário:

Graça Pires disse...

Nada sabemos. Somos cada vez mais ignorantes. O teu poema é muito inspirador, minha querida Amiga.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.

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