Frágeis frias feridas
as cidades
feitas por construtores
desfeitas por invasores
na corrente dos séculos dos milénios
sobre o sangue a pedra o metal
Erguidas as aras aos deuses sempiternos
senhores da vingança
semeadores do ódio
poderosos
Cidades de mulheres
frágeis frias feridas
a fabricarem o perdão dos homens
o pão das crianças
a regarem o chão das guerras
até as lágrimas secarem
Cidades bombardeadas
Sobre o pó as mulheres caminham
na esperança de outra terra
onde possam cantar
adormecer
Licínia Quitério
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