17.3.25

O VELHO INVERNO

 O fim de um tempo, o princípio de outro, na roda do ano, na roda dos anos.

O Inverno prepara as despedidas, inquieto.

Nos homens, um desacerto, entre o frio e o calor, entre a tempestade e a calmaria.

Cheio de manhas, o velho Inverno.

O musgo não desiste dos muros, os braços das árvores continuam despidos, o frio açoita-nos os ossos.

Olhamos em redor e percebemos sinais de boa nova.

As primeiras flores, os pássaros novos, são anúncios da mudança.

Vamos somando Invernos, os corações disponíveis para as Primaveras.

Na roda da Vida vamos.


Licínia Quitério


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