4.2.09

CLARISSE


Clarisse a decifrar segredos na humidade dos álbuns. Pouco encontra que uma sombra avança inexorável sobre os recortes. Não se deixam espreitar. As memórias. Diluem-se num rio de prata salgada. Nada entende Clarisse. Revelados apenas os seus olhos. Repetindo-se serenos no doce caminho do impossível. A estrada de Clarisse.

Licínia Quitério

17 comentários:

© Maria Manuel disse...

muito bonito o «caminho de Clarisse».

hfm disse...

A estrada, os olhos.

Anónimo disse...

Olá
O olhar está lá.
Falta o sorriso

Noite Boa
J.A.

Justine disse...

Se o olhar continua sereno, na estrada, é talvez porque uma ou outra memória, das mais doces, se deixa espreitar...

A Lusitânia disse...

os olhos que por vezes ficam brilhantes ... de te ler

bettips disse...

No palco do antigamente, Clarisse "fez de adulta" - ainda o rio não cegava os olhos. A estrada, ah...essa continua.
Bom que seja assim.
Bj Licínia

vida de vidro disse...

Se os olhos continuam serenos, talvez alguma memória a ilumine na estrada.
Ler-te é sempre uma revelação. **

Alberto Oliveira disse...

Clarisse,

Isso é normal: "a sombra avançar inoxerável sobre os recortes" por mor das nuvens cinzentas invernosas que cobrem os céus por estes dias.
Os outros (dias)que foram ficando para trás, por vezes escondem-se de nós, da(s) nossa(s) memória(s) e não há albuns que nos valham. Apenas ilustrações do caminho.

Um destes dias vi uma foto minha de adolescente. A preto e branco, casaco e gravata, tirada na Fotografia Juvenal no Arco do Cego. Apenas um elemento visível na fotografia me situa mentalmente naquele tempo: o emblema do Sporting na lapela...

Beijos e sorrisos do

Clarindo.

Rogéryo de Sá disse...

se Clarisse
não existisse
era uma chatice

os segredos da humidade
são o degredo da humanidade
Clarisse: humildade!

num rio de prata salgada
Clarisse sobe-sobe, sobe a calçada!
Clarisse entende nada.

Hercília Fernandes disse...

Olá Licínia,

altamente poético o percurso de [sua] Clarisse, como "num rio de prata salgada". Muito bonito, adorei!

Venho através do Ortografia do olhar, de nossa querida Graça Pires. E estou encantada com a sua literatura.

Forte abraço,

Hercília Fernandes (RN-Brasil).

Graça Pires disse...

As memórias pelo caminho do coração...
Um beijo Licínia.

Anónimo disse...

bela estrada.



Abraços d´ASSIMETRIA DO PERFEITO

Maria P. disse...

Sempre bonito, no teu tom...

Beijinho, e obrigada vizinha, regresso devagar...

M. disse...

"Fahrenheit 451"... Suponho que entendo a ligação. Muito interessante indeed...

Manuel Veiga disse...

diluem-se num rio de prata. as memórias. que Clarisse (re)inventa.

que seria das memórias sem a reinvenção delas?

texto muito belo. e sábio.

beijo

De Amor e de Terra disse...

A serena beleza de Clarisse e a estrada dos olhos.
Muito belo.

Bj


Maria Mamede

Arábica disse...

Olhos na estrada.


E quando a noite cai, Clarisse, recorda a estrada que seus olhos realizaram...

Um beijo, Licinia.

arquivo

Powered By Blogger
 
Site Meter