4.5.12

ANTES




Mil vezes esta pedra, mil vezes este mar.  

Mil vezes aqui estive e mil vezes voltei. 

Saber de um tesouro que há de haver. 

Saber-lhe o brilho, o cheiro, a vastidão. 

E não saber. Uma janela entreaberta, 

um muro inacabado, um cabo por dobrar. 

No fio da inquietação, uma batida, 

um compasso de tempos muito antigos,

antes das grécias, dos dilúvios. Antes.


Licínia Quitério

3 comentários:

Mar Arável disse...

Tantas são as vezes

que não cansam
Bj

Justine disse...

À procura das origens, à procura das razões. à procura do tempo...
Tão belo, o teu texto!
Um beijo grande (e obrigada pelo teu carinho)

Manuel Veiga disse...

belissimo
tens uma surpresa no relogiodependulo

espero que te não importes.

beijo

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