7.8.13

É NO COLO DAS MÃES



É no colo das mães que tangem os sinos do princípio dos dias. É o cheiro das flores do tecido das mães que alaga a pele e se faz céu e lago dos últimos dias. Pelo meio da história, o sabor do leite, a dor do coágulo, a tormenta do linho. Depois, a insipidez do soro, a mudez dos sinos, a ausência do cheiro das flores.  Recuperado o colo. 

Licínia Quitério

2 comentários:

Mar Arável disse...

Há pais assim

Bjs

Manuel Veiga disse...

somo esses movimento - entre Eros e o Ventre...

belo e sábio texto.

beijo

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