31.5.17

INTERLÚDIO


Um trevo de quatro folhas,
um raminho de hortelã,
uma plumagem de espargo,
florinhas da cor da neve.
Um raminho leve, leve,
tão pequenino a caber
na palma da minha mão.
Uma jarra transparente
com a água que alimente
do verde a fome e a sede.
Pequenos gestos os meus
a acarinhar, a compor,
desenhos que sei de cor.
Se tudo assim sempre fosse,
um tempo suave e doce
com o odor da ternura,
sem o rasto da amargura,
se tudo fosse e eu soubesse...


Licínia Quitério

3 comentários:

Graça Pires disse...

Um poema na linha da nossa melhor lírica...
Uma boa semana, Licínia.
Um beijo.

Mar Arável disse...

Para espanto dos pássaros
Bj meu

Sônia Brandão disse...

Gosto dessa simplicidade e suavidade do poema.

bjs

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