28.8.17

DESTROÇOS


Chegou sem se fazer anunciar
o tempo dos destroços, da ferrugem.
A árvore secou e será lume antes do pó
O portão já não serve, aberta a casa
antes da derrocada.
A roda já não roda, perdido o eixo e a memória.
Nada se perde, tudo se transforma,
com o suor do homem, a vontade do homem,
a construir futuros sobre as pedras de glória
do passado.

Licínia Quitério

1 comentário:

Graça Pires disse...

O tempo dos destroços nunca se faz anunciar...
Uma boa semana. Licínia.
Um beijo.

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