26.6.22

A MAÇÃ


Entre nascer e morrer
Há sempre um fruto a amadurecer
Para poder entrar
Saboroso e fresco
Nas páginas de um livro
Que pode ser de versos
Ou de contos que se contam
Como se fossem poemas
Também eles sumarentos
Com a pele a estalar
Uma história a brotar
A procurar ser larva
Ser casulo e nele se guardar
Até ser borboleta ou então ficar
Aninhada recolhida
Silenciosa a pensar no tempo
Em que já foi maçã e já foi livro
E já foi tudo o que se possa imaginar
Que do nascer ao morrer
Muitas árvores chegam
Muitas árvores ardem
Muitas estrelas nascem Licínia Quitério

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