7.6.22

O UNIVERSO

Na minha mão o universo.

Sei que ele começa na semente que lancei à terra.

Expande-se o universo.

Só precisa de água para se fazer verde, aquele verde a que chamamos azul.

Na pele do universo nascem estrelas, planetas, que a minha mão afaga como se afaga o infinito.

Comovem-me a rosa, o tomate, quando me mostram a Lua, a Estrela Polar.

Um dia a minha mão perder-se-á.

O universo continuará para outras mãos onde ele sempre recomeça.


Licínia Quitério


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