Mais alto, sim! mais alto, mais além
Do sonho, onde morar a dor da vida,
Até sair de mim! Ser a Perdida,
A que se não encontra! Aquela a quem
O mundo não conhece por Alguém!
Ser orgulho, ser águia na subida,
Até chegar a ser, entontecida,
Aquela que sonhou o meu desdém!
Mais alto, sim! Mais alto! A Intangível!
Turris Eburnea erguida nos espaços,
À rutilante luz dum impossível!
Mais alto, sim! Mais alto! Onde couber
O mal da vida dentro dos meus braços,
Dos meus divinos braços de Mulher!
FLORBELA ESPANCA
Uma Mulher fora do seu tempo. À frente dele. Marcada por muitas dores e sempre com Poesia em fundo. Gosto muito deste soneto e comove-me a expressão fortíssima do seu desejo de fuga para o inatingível. Alguém me provocou para escrever sobre "a fuga". Mas eu não sou nem Flor nem Bela.
Nunca sentiram qualquer coisa assim: "Que ando eu para aqui a dizer se tudo já foi dito..." ?
Licínia Quitério
5 comentários:
olá querida sobrinha... estou no meio de muita planificação "catequistica", mas vim só retribuir a visitinha e lhe deixar a certeza que passo cá mais vezes... fique já a saber que sou uma tiazoca muito eclética... gosto de tudo nas doses certas!
beijinho repenicado à moda das tiazocas solteironas!
eu Carlos Barros e a Corpos Editora, Temos muito prazer de vos convidar para a Apresentação do Livro "Vazio de Cores" da minha autoria, no proximo dia 13 Maio, Sabado, em Vila Nova de Gaia no Sound Caffé (Praia da Madalena)
Há sempre uma palavra a dizer do nosso sentir. Cada um de nós tem sempre algo a dizer e a dar. Prabéns pela escolha e junto-me á homenagem a uma mulher/poeta que muito admito também.
Beijinhos
ups!!! admiro, não admito, como por lapso deixei escrito.
Não te chamas Florbela mas as palavras que de ti surgem parecem ser flores belas de qualidade sensibilidade e bom gosto.
Um abraço
Teresa David
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