Georgia O'Keeffe - Spring Tree
As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões.
E muitas transformam-se em árvores cheias de ninhos - digo,
as mulheres - ainda que as casas apresentem os telhados
inclinados ao peso dos pássaros que se abrigam.
É à janela dos filhos que as mulheres respiram
sentadas nos degraus olhando para eles e muitas
transformam-se em escadas.
Muitas mulheres transformam-se em paisagens
em árvores cheias de crianças trepando que se penduram
nos ramos - no pescoço das mães - ainda que as árvores irradiem
cheias de rebentos.
As mulheres aspiram para dentro
e geram continuamente.
Transformam-se em pomares.
Elas arrumam a casa.
Elas põem a mesa
Ao redor do coração.
Daniel Faria
Penso que qualquer mulher quererá que a deixem por momentos em silêncio depois de ler este poema. As árvores precisam de respirar até às raízes.
Licínia Quitério
2.5.06
MULHERES/ÁRVORES
partilhado por Licínia Quitério às 4:30:00 da tarde
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
arquivo
-
►
2024
(39)
- nov. 2024 (2)
- out. 2024 (4)
- set. 2024 (3)
- ago. 2024 (7)
- jul. 2024 (4)
- jun. 2024 (5)
- mai. 2024 (4)
- abr. 2024 (1)
- fev. 2024 (5)
- jan. 2024 (4)
-
►
2023
(9)
- out. 2023 (1)
- set. 2023 (1)
- jul. 2023 (1)
- abr. 2023 (1)
- mar. 2023 (3)
- fev. 2023 (1)
- jan. 2023 (1)
-
►
2022
(18)
- out. 2022 (3)
- set. 2022 (2)
- jul. 2022 (3)
- jun. 2022 (5)
- mai. 2022 (2)
- abr. 2022 (1)
- mar. 2022 (2)
-
►
2021
(29)
- dez. 2021 (3)
- nov. 2021 (2)
- out. 2021 (5)
- set. 2021 (9)
- ago. 2021 (5)
- fev. 2021 (1)
- jan. 2021 (4)
-
►
2020
(31)
- dez. 2020 (3)
- nov. 2020 (3)
- out. 2020 (1)
- set. 2020 (3)
- ago. 2020 (2)
- jul. 2020 (1)
- jun. 2020 (4)
- mai. 2020 (2)
- abr. 2020 (3)
- mar. 2020 (1)
- fev. 2020 (5)
- jan. 2020 (3)
-
►
2019
(26)
- dez. 2019 (3)
- nov. 2019 (3)
- out. 2019 (3)
- set. 2019 (3)
- ago. 2019 (2)
- jul. 2019 (3)
- jun. 2019 (1)
- abr. 2019 (2)
- mar. 2019 (3)
- fev. 2019 (1)
- jan. 2019 (2)
-
►
2018
(41)
- dez. 2018 (4)
- nov. 2018 (3)
- set. 2018 (3)
- ago. 2018 (1)
- jul. 2018 (4)
- jun. 2018 (7)
- mai. 2018 (3)
- abr. 2018 (4)
- mar. 2018 (2)
- fev. 2018 (4)
- jan. 2018 (6)
-
►
2017
(56)
- dez. 2017 (5)
- nov. 2017 (3)
- out. 2017 (3)
- set. 2017 (4)
- ago. 2017 (5)
- jul. 2017 (5)
- jun. 2017 (3)
- mai. 2017 (6)
- abr. 2017 (5)
- mar. 2017 (4)
- fev. 2017 (4)
- jan. 2017 (9)
-
►
2016
(46)
- dez. 2016 (7)
- nov. 2016 (7)
- out. 2016 (4)
- set. 2016 (4)
- ago. 2016 (1)
- jul. 2016 (4)
- jun. 2016 (5)
- mai. 2016 (6)
- abr. 2016 (1)
- mar. 2016 (1)
- fev. 2016 (2)
- jan. 2016 (4)
-
►
2015
(50)
- dez. 2015 (5)
- nov. 2015 (2)
- out. 2015 (3)
- set. 2015 (4)
- ago. 2015 (5)
- jul. 2015 (5)
- jun. 2015 (5)
- mai. 2015 (4)
- abr. 2015 (7)
- mar. 2015 (6)
- fev. 2015 (2)
- jan. 2015 (2)
-
►
2014
(60)
- dez. 2014 (4)
- nov. 2014 (5)
- out. 2014 (4)
- set. 2014 (4)
- ago. 2014 (5)
- jul. 2014 (6)
- jun. 2014 (5)
- mai. 2014 (7)
- abr. 2014 (3)
- mar. 2014 (7)
- fev. 2014 (4)
- jan. 2014 (6)
-
►
2013
(48)
- dez. 2013 (5)
- nov. 2013 (3)
- out. 2013 (5)
- set. 2013 (5)
- ago. 2013 (7)
- jul. 2013 (4)
- jun. 2013 (5)
- mai. 2013 (3)
- abr. 2013 (1)
- mar. 2013 (3)
- fev. 2013 (3)
- jan. 2013 (4)
-
►
2012
(52)
- dez. 2012 (4)
- nov. 2012 (4)
- out. 2012 (6)
- set. 2012 (2)
- ago. 2012 (4)
- jul. 2012 (6)
- jun. 2012 (4)
- mai. 2012 (4)
- abr. 2012 (4)
- mar. 2012 (4)
- fev. 2012 (5)
- jan. 2012 (5)
-
►
2011
(60)
- dez. 2011 (5)
- nov. 2011 (3)
- out. 2011 (6)
- set. 2011 (6)
- ago. 2011 (6)
- jul. 2011 (3)
- jun. 2011 (5)
- mai. 2011 (7)
- abr. 2011 (4)
- mar. 2011 (8)
- fev. 2011 (3)
- jan. 2011 (4)
-
►
2010
(54)
- dez. 2010 (4)
- nov. 2010 (3)
- out. 2010 (5)
- set. 2010 (5)
- ago. 2010 (5)
- jul. 2010 (3)
- jun. 2010 (9)
- mai. 2010 (4)
- abr. 2010 (5)
- mar. 2010 (3)
- fev. 2010 (4)
- jan. 2010 (4)
-
►
2009
(54)
- dez. 2009 (3)
- nov. 2009 (3)
- out. 2009 (3)
- set. 2009 (5)
- ago. 2009 (4)
- jul. 2009 (7)
- jun. 2009 (4)
- mai. 2009 (5)
- abr. 2009 (3)
- mar. 2009 (6)
- fev. 2009 (5)
- jan. 2009 (6)
-
►
2008
(55)
- dez. 2008 (6)
- nov. 2008 (5)
- out. 2008 (5)
- set. 2008 (4)
- ago. 2008 (4)
- jul. 2008 (4)
- jun. 2008 (5)
- mai. 2008 (5)
- abr. 2008 (5)
- mar. 2008 (4)
- fev. 2008 (4)
- jan. 2008 (4)
8 comentários:
Mesmo que peque por falta de imaginação, espero que o jorgesteves não se importe de me emprestar as suas palavras.
Obrigada pela visita, a porta fica aberta.
Este canto também é bonito, voltarei.
Felicidades.
Quebro esse silêncio das mães para te dizer quanto gostei dessa paisagem de "arvores cheias de crianças", como futuro antecipado
Beijos
Olá Licínia!
Exaltação da regeneração!
Bjs
quantas vezes precisamos do silencia para poder continuar/respirar...
por vezes parece tão dificil
e seria tão simples...
tem um bom dia, árvore
tranquilo
com silencios
Nem que dizer...Fiquei sem palavras.
Bjinho
Não conheço este poeta, mas que tem sensibilidade para conhecer uma mulher, e demonstrá-lo em belas palavras é um facto. Gostei mto do que li.
Um abraço
Teresa David
...e passado esse momento necessário à respiração, digo que me comoveste (tu Amiga e Daniel Filipe)
Muito bem.
Beijo
Enviar um comentário