19.9.09

NÃO SE MEDE ESTA FORÇA


Não se mede esta força de atar
folhas verdes a troncos velhos.
A força de amarrar os barcos
ou de pegar nos frágeis ovos.
De esmagar o veneno ou
de amparar o sopro da tarde.
De acarinhar a pele ou
de empurrar o corpo encosta acima.
Não se mede esta força.
Por agora não há como nem porquê.
Saberemos do ofício quando
o tempo vier de dizer fome
com as letras de pão,
com o peso das penas,
com as cores da madrugada.

Licínia Quitério

11 comentários:

Lídia Borges disse...

Lindo!
Não se mede esta força no dizer, no bem dizer.

Um beijo

PreDatado disse...

Muito lindo. Já é difícil arranjar palavras para adjectivar os seus poemas.

Manuel Veiga disse...

a força de gravar o Futuro em cada passo. e em cada verso. teu...

excelente.

beijo

(vou (re)colher este poema...)

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

absolutamente Belo .
A ti Poeta , mon coup de chapeau !
abraço
_______ JRMARTo

O Puma disse...

Na verdade

há forças que não se medem

Bjs

M. disse...

Esperemos que assim seja...
Belas as palavras, forte o teu sentir do mundo.

Paula Raposo disse...

E assim será!
Maravilha. Muitos beijos.

Justine disse...

É isso, a força mede-se nos momentos de dificuldade. Forte (e bela) é a maneira como o dizes!

Unknown disse...

Fiquei na beleza das palavras e nas cores da madrugada.

Maria disse...

Não se mede esta força... das palavras que aqui nos deixas...
Bela fotografia!

Beijo

© Maria Manuel disse...

há forças que de verdade não se medem; e que só conhecemos quando as vemos ou as encontramos em nós mesmos.

um poema de grande intensidade.

beijos.

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