Ensombram-nos os
caminhos sem árvores.
Pegam-nos na mão
a ajudar no salto.
Dão-nos brilho e
nada sabem de estrelas.
Caminham pelas
bermas, sob as pontes, na orla dos precipícios.
Não nos
respondem, mas é na nossa garganta que cravam as perguntas.
Circulam lentamente
nos implacáveis calendários.
Hoje lava
escorrente, amanhã fumarola.
Serão
assombrações.
Serão mutantes, caminhantes eternos na margem da alegria.Licínia Quitério
4 comentários:
Muito bonito!!
Por vezes sós
mas nunca isolados
Bjs
e por entre as assombrações a palavra luminosa e libertadora...
beijo
Muito bom.Obrigado, amiga.
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