É dia e ao marinheiro amanhece um barco carregado de
esperança.
Nada pode parar esta viagem.
Nada pode parar esta viagem.
As mãos são remos de oiro.
O vento o peito enfuna e faz-se vela.
O vento o peito enfuna e faz-se vela.
Não lhe importa que praga, que feitiço.
Um barco de virtude não se teme, navega.
A proa é rosto e a
popa o outro lado desse rosto.
Entre os dois, um corpo que é sorriso e canto de ninar.
Entre os dois, um corpo que é sorriso e canto de ninar.
Pela água vai o barco.
Vai e voga.
Voa.
Vai e voga.
Voa.
Dos remos de oiro vão saltando lumes, faúlhas, cintilações
da sombra.
Solto, audaz, o barco avança.
Não sabe de destino.
Vai, carregado de esperança.
Outro dia não há. Não sabe de destino.
Vai, carregado de esperança.
É o que sabe.
Licínia Quitério
Licínia Quitério
3 comentários:
Contigo
preso a um sopro de vento
Bj
há viagens assim - repletas de esperança.
beijo
Um barco carregado de esperança...
Também vou...
Beijo.
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