De luz e sombra cobrem-se os dias dos homens.
Porque não têm memória de outras estrelas
afincam-se a guardar a luz do sol
nos olhos, nas mãos, no coração.
Na noite escura, quando o frio e o medo
assomam ao rés do corpo,
dizem baixinho,
meu amor minha luz,
e acende-se um raio de futuro.
No dia claro, alimentam-se de lembrança
de outras luzes
e dizem a meia voz,
meu amor meu natal.
Assim sempre, a vida clara, a vida escura.
Licínia Quitério
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