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Morrem antes de fecharem um poema.
Os poetas morrem cedo.
Morrem com a luz da madrugada
ou com a noite a que chamam madrugada.
Não se sabe que idade têm os poetas quando morrem.
Têm a idade do primeiro ou do último poema que foram.
Quando morrem não acrescentam estrelas às estrelas.
Não foi para isso que nasceram.
Morrem e brilham, os poetas.
Licínia Quitério
foto de António José Borges